terça-feira, 18 de dezembro de 2012

"A Bicha Moira" apresentada na FNAC


Foi assim no passado sábado, na FNAC do Gaiashopping.


Um grupo de pequenos artistas fez a encenação da leitura da história da princesa-serpente que, há séculos, chora  lágrimas sentidas pela bica de uma fonte, à espera de quem lhe quebre o encanto.

 






 Depois da leitura, o mesmo grupo deu asas à imaginação e recriou a história. E podem crer que revelaram grande capacidade criativa!...





 Troca de impressões com a "princesa", no final da atuação.



Texto de apresentação d' "A Bicha Moira"


A Bicha Moira é uma das poucas lendas do imaginário aguedense que chegaram aos nossos dias. Inscreve-se esta lenda num corpus de narrativas com origem nos mitos das mouras encantadas, cuja origem remonta à pré-história e que, no seu percurso ao longo dos séculos, foram anexando elementos dominantes de cada época, num processo contínuo de transformação e de contextualização. Fernanda Frazão e Gabriela Morais (in Portugal, Mundo dos Mortos e da Mouras Encantadas, ed. Apenas Livros, 2009) consideram que as mouras serão vestígios visíveis das mais antigas histórias da Humanidade que, pela sua longa cronologia, se inscreveram no nosso inconsciente coletivo. Estas lendas “guardam as memórias mais antigas dos nossos antepassados” e, apesar da contextualização que foram sofrendo na travessia de séculos, “não perderam o seu núcleo duro, revelador dessa antiguidade”. É, portanto, neste núcleo duro que se inscrevem as “bichas” ou “cobras mouras” que habitam as fontes, as grutas, as minas, os poços, as correntes de água que brotam do interior da terra, as raízes das árvores, enfim ... a Mourama – o mundo subterrâneo, o mundo dos mortos para os celtas. Referem ainda estas autoras que, atualmente, se considera que o termo moura / mouro terá como base o termo celta *mrvos – cujo significado é «morto» ou «ser sobrenatural». Seguindo a mesma linha de pensamento, Consiglieri Pedroso (in Contribuições para uma Mitologia Popular Portuguesa, Pub. Dom Quixote, Lisboa,1988) considera que “ as mouras encantadas eram divindades ou génios femininos das águas, análogas às nixen germânicas, às lac-ladies inglesas, às rusalki russas, às elfen esdandinavas, às náiades gregas, etc. Eram também, além disso, os génios que guardavam os tesouros escondidos no centro da terra, crença que é comum a todos os povos, que conservaram vestígios desta entidade mítica, que parece ser indo-europeia ou pelo menos europeia, por isso se encontra, quase sem exceção, em todos os grupos áricos da Europa. Apenas da mitologia portuguesa desapareceu a feição maléfica que estas entidades por vezes revestem em outras mitologias.” Cosiderando o processo diacrónico de adaptação / contextualização atrás referido, é curioso verificar o comportamento do mito das “cobras” ou “bichas mouras”, ao atravessarem os períodos da romanização e da islamização: o facto de a palavra Mourama – o subterrâneo reino dos mortos – se confundir com a Mourama, terra de mouros, terra de Sarracenos veio a desencadear uma espécie de “aculturação” destes mitos, confundindo / relacionando as “bichas moiras” com as princesas mouras. A época da Reconquista foi terreno fértil para a “transfiguração” dos anteriores mitos, que sobreviveram sobretudo em meios rurais, nas belíssimas lendas das princesas encantadas, geralmente em consequência de amores impossíveis entre mouros e cristãos. Passemos, então, a situar a lenda da Bicha Moira, versão aguedense, neste contexto: Fernanda Frazão e Gabriela Morais dizem-nos que o conhecimento destes mitos vem até nós através de “rumores” – diz-se que nesta fonte...; conta-se que há uma cobra... –. A partir destes rumores conseguimos recolher o que as mesmas autoras chamam, à semelhança da Arqueologia, os “cacos” do mito. Tendo em conta as considerações feitas atrás, quais foram, então, os “cacos” do mito, e também outras fontes, que me permitiram reconstituir e recriar a minha versão da lenda d’A Bicha Moira? Os “rumores” já pouco nos dizem. Se perguntarmos aos aguedenses o que sabem acerca desta história, já são poucos os que nos dão uma resposta, por vaga que seja, e menos ainda os que tecem uma narrativa com encadeamento lógico. Por estranho que pareça, há mesmo poucos que saibam onde ficam a encosta e a travessa da Bicha Moira e a fonte que lhes deu o nome. O que ficamos então a saber, escutando os rumores possíveis? Diz-se.... ...que uma princesa foi transformada em cobra por causa de amores proibidos; ... que a cobra vive numa gruta de onde brota uma fonte, a fonte da Bicha Moira; ... que são as suas lágrimas que alimentam a fonte; .... que a princesa só poderá ser desencantada por um jovem que, na noite de S. João, entre na gruta de onde brota a fonte e tenha a coragem de beijar a cobra para que esta retorme ao seu corpo de princesa. ... que todo o forasteiro que beber água da fonte do Botaréu ficará em Águeda para sempre. São estes os “cacos” do mito que persistem nos “rumores”. Há, no entanto, algumas fontes escritas datadas de finais do séc. XIX / início de séc. XX: 1. A Bicha Moira em Duas Noites de S. João, de José Maria Vellozo – um extenso e sobrecarregado poema, escrito em 1847, em circunstâncias muito curiosas, e publicado em 1871 no semanário Escola Popular (n.ºs 36 a 49). Com efeito, na época em que o poema foi escrito, os aguedenses tinham como dado adquirido o facto de Águeda ter a sua origem em ÆMINIUM, importante cidade romana situada por Plínio entre os rios Vouga e Mondego. Ora, José Maria Vellozo, denotando algum desgosto pelo facto de, em Águeda, não ter sido descoberto qualquer vestígio arqueológico da importante cidade romana, encontra na Lenda da Bicha Moira o único vestígio do passado capaz de reerguer a grandeza perdida da velha ÆMINIUM e, portanto, de Águeda. Escreve, então, um extenso e intrincado poema, transformando a singela e tocante história da princesa num texto carregado de erudição histórica, que lhe rouba a leveza e o encanto. As circunstâncias em que foi escrito, as características poéticas e o complicado enredo da narrativa, tudo leva a crer que o texto de Vellozo não tenha sido fruto da recolha de narrativas orais ou dos tais “rumores” que, ao tempo, possivelmente terão circulado ainda com algum vigor. Inclusivamente, é Vellozo que dá o nome à princesa – Zulcide –, facto confirmado por Adolfo Portela. Este poema vale, a meu ver, pelo facto de ter chamado a atenção para esta lenda, despertando a população para a sua existência, impedindo talvez o seu esquecimento tal como aconteceu com as lendas d’A Mesa dos Mouros e d’A galinha com porquinhos e a porca com pintainhos que, já Adolfo Portela, no seu livro “Águeda”, referiu como irrecuperáveis. 2. Tese de licenciatura em Medicina do dr. António da Costa Ferreira, intulada Águas do Botaréu, apresentada em 1903. Perguntar-se-á o que faz uma lenda de uma moura encantada numa tese de Medicina. O facto é que, com esta tese, pretendia o seu autor provar as qualidades terapêuticas e termais das águas do Cais do Botaréu onde, até há relativamente pouco tempo, o povo tomava o banho santo na noite de S. João, na esperança de cura para muitos males. Partindo desta constatação, o dr. António da Costa Ferreira investiga as qualidades da água, tendo descrito no seu trabalho uma interressante rede de pequenos ribeiros e regatos, hoje inexistentes, mas que, ao tempo, desaguavam no Ribeirinho que, por sua vez, os lançava no rio Águeda, chegando as suas águas até ao Cais do Botaréu. Ora, um destes ribeiros, o Nancrias, tinha a sua origem na Gruta da Fada, sendo a fonte da Bicha Moira a sua nascente. Daí a integração da lenda num trabalho que se julgaria exclusivamente objetivo e científico. Por este trabalho ficamos a saber da existência da Gruta da Fada – terá sido uma Fada que encantou a princesa – e das águas milagrosas que correm da fonte até ao Botaréu, onde o povo mergulhava em noites de S.João para a cura de maleitas. 3. Foi em Adolfo Portela que encontrei a relação entre a água da fonte – lágrimas da princesa que, “namorada d'uns olhos christãos, chora toda a tragedia do seu encantamento” –, e a água do Botaréu, que, nas suas palavras, “é como um filtro de veneno doce que enfeitiça a alma de quem a prova” e, ainda, que tem “a virtude extranha de enfeitiçar quem a bebe. E esse feitiço, pelos modos, leva a gente, por mais indifférente que vá passando em terras d'Agueda, a prender-se a ella sem nunca mais poder mudar de pátria.” É também em Adolfo Portela que encontramos ecos de “rumores” perdidos: as lágrimas da princesa “não quebrarão jamais o rosário d'oiro e prata que vão fiando por esse oiteiro abaixo; que esse oiro e essa prata, com todo o feitiço que trazem dos olhos maguados de Zulcide, hão de confundir-se sempre nas aguas do Ribeirinho; e que estas aguas, por fim, ao termo da sua curta jornada entre ribas macias, hão-de juntar-se todas, como agora se juntam, no romântico portinho do Botareu.”. E é porque as lágrimas da princesa “desfiam” ouro e prata que Adolfo Portela recolhe do cancioneiro ribeirinho a canção: Vou encher a infuza doiro nas aguas do Botareu. Andes lá por onde andares o teu peito ha-de ser meu! Prendi-me na silva verde mas alguém me desprendeu. Outro tanto já não digo das aguas do Botareu. Poderemos, então, relacionar o rosário de ouro e prata e a infuza doiro, aqui presentes, com as cifras de ouro referidas no poema de Vellozo que a princesa lançava nas águas do regato, explicando em código o segredo do seu desencantamento. Estes “cacos” do mito remetem-nos para os atrás referidos mitos das “bichas” ou “cobras mouras”, que, desde a pré-história, guardariam tesouros escondidos no interior da terra. Fazendo o estudo comparativo da lenda aguedense com as inúmeras lendas de bichas moiras que povoam o país, com particular incidência no Norte, verifica-se que não se afasta da matriz narrativa das mesmas. É a associação das duas fontes e o feitiço das águas do Botaréu que a situam no contexto aguedense, dando-lhe forma local. Foi articulando e reorganizando estes “fragmentos” da história que construí a minha versão da lenda d’ A Bicha Moira. Para que a lenda não se vá delindo (termo de Adolfo Portela) com o correr do tempo, decidi partilhá-la em livro com todos os aguedenses amantes do seu património. Será uma maneira de, todos juntos, irmos passando a lenda à frente, na esperança de que nunca se perca. 

 Nota: Foi respeitada a ortografia das fontes escritas. 

Maria da Conceição Sousa Vicente

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Apresentação d' "A Bicha Moira" na FNAC

É já no próximo sábado, dia 15, que vai acontecer a apresentação do meu livro na FNAC do Gaiashopping. Umas princesinhas e uns principezinhos vão ajudar-me a "desencantar" a princesa moira, fazendo a animação da leitura. Espero a presença dos amigos... os meus e os das princesas apaixonadas por valentes cavaleiros!... Até sábado, na FNAC, às 17:00h.

 

 

 

sábado, 8 de dezembro de 2012

Apresentação de "A Bicha Moira"

Foi no passado dia 1 de dezembro a apresentação do meu livro "A Bicha Moira", ilustrado por Teresa Lares e editado pela Trinta Por Uma Linha. A sessão foi presidida pela dr.ª Elsa Corga, Vereadora do Pelouro da Cultura da Câmara de Águeda; o comentário literário esteve a cargo do dr. Paulo Sucena. Fizeram ainda parte da mesa o escritor e editor João Manuel Ribeiro e a ilustradora Teresa Lares. 


Os artistas e criativos que integram a Lud in, no âmbito do projeto AparqA!, presentearam o público com um belíssimo espetáculo de ilustração visual e sonora, que acompanhou a leitura da obra.

Foi uma tarde mágica na Biblioteca Municipal Manuel Alegre, que se encheu com o público de "graúdos e miúdos". No final um "chá com bolinhos" aqueceu a tarde e a conversa. Fica uma pequena amostra fotográfica do espetáculo.

As notícias podem ser lidas aqui , aqui  e também aqui.







quinta-feira, 22 de novembro de 2012

"Toda a poesia é luminosa"

É já no próximo sábado que vou estar na Guarda, a convite da Tinta Por Uma Linha, para mostrar o meu livro Rimar e Cantarolar (os outros vão também na bagagem, é claro!...). Para terem uma ideia do que se pode fazer com ele, sigam comigo por aqui.

Espero ter muitos colegas comigo e... que não me tardem, os meus amigos da Guarda!



sexta-feira, 16 de novembro de 2012

"A Bicha Moira"


É já no próximo dia 1 de dezembro que apresentaremos a princesa que, encantada em serpente, tomou o nome de Bicha Moira. Em sua honra, para além das palavras do seu apresentador, dr. Paulo Sucena, e de todos os intervenientes no seu desencantamento, terá lugar um magnífico e invulgar espetáculo de ilustração ao vivo (visual e sonora) da história, a cargo de dois grupos de criadores e músicos que integram o AparqA! A não perder...

 

Aqui fica o convite, que tudo esclarece.


quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Vem aí uma princesa


Uma princesa aguarda há séculos um jovem que seja capaz de desencantá-la. Em breve estará connosco e, para a receber, faremos uma grande festa. Quem será? Aqui fica o seu retrato, como primeira pista.

 

sábado, 3 de novembro de 2012

"A lesma"

Durante algum tempo, o poema "A lesma" viveu escondido no meu livro Bichos faz-de-conta. Mas, a partir de certa altura, passou também a morar no caderno de atividades que acompanha o manual de Português (5.º ano) Dito e Feito, da Porto Editora. Afinal as lesmas não estão sempre na mesma... Às vezes tornam-se bem ativas. É tudo uma questão de oportunidade.


quinta-feira, 25 de outubro de 2012

domingo, 30 de setembro de 2012

Descobri um novo trabalho feito a partir do meu livro Rimar e Cantarolar.

Para poderem ver, entrem por aqui aqui.

 

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

«BICHOS FAZ-DE-CONTA» no CATA LIVROS

O meu livro Bichos faz-de-conta foi integrado no Cata Livros, sítio da Fundação Calouste Gulbenkian.


Eis o comentário que acompanha o livro, que pode ser folheado e lido aqui (em versão incompleta):

Era uma vez uma pulga muito viajada, que saltou de sítio em sítio (visitou França, mas também Singapura e o Entroncamento…) até encontrar o seu lugar em Portugal no pelo fofinho de um animal. E era também uma vez uma centopeia com cem patas sem meias, e um cuco Mandriuco que não tinha ninho onde deixar o seu cuquinho recém-nascido, e ainda uma banda de rock formada por três cigarras. Há neste livro bichos minúsculos e gigantes, com manias estranhas e casotas curiosas. Vem conhecer as histórias em verso das suas vidas de faz-de-conta e rir a bandeiras despregadas como uma hiena!

Dos desafios do mês, um deles é proposto a partir dos  BICHOS:






Em Bichos Faz-de-conta encontras muitos bichos que já conheces, mas também um ou outro mais estranhos (e com certeza já te falaram de bichos «faz-de-conta» como os gambozinos, os mafagafos, entre muitos outros…). Pois bem, o que te propomos com este desafio é que inventes um bicho ou um inseto (podes criar um nome do zero, ou então combinar nomes de vários animais) e o apresentes num pequeno texto ou poema ilustrado. Não te esqueças de explicar que aspeto e cores tem o teu bicho inventado, o que come (será que é um bicho que caça?), com quantas patas anda (tem antenas, mandíbulas ou outros membros estranhos? Deita veneno quando morde?), onde vive, com que bichos se dá bem e de que bichos não gosta…


domingo, 9 de setembro de 2012

PREPARAÇÃO PARA A PROVA FINAL 2013 - Português 6ºano

A prova final de 2013 ainda vem longe, mas convém começar a prepará-la desde já. Para ajudar no trabalho de preparação, aí está, com o novo programa, o livro


Podem ver o índice e a estrutura do livro aqui.

LP6 / Língua Portuguesa 6.º ano

Já está disponível o caderno de Língua Portuguesa do 6.º ano, integrado na coleção Sucesso Escolar, da Porto Editora.

Espero, com as minhas propostas de exercícios, ajudar as alunas e alunos do 6.º ano a melhorarem as suas competências no uso da língua materna e, consequentemente, os seus resultados escolares.

Estas imagens vêm do blog da ilustradora Carla Manso. 


 






sábado, 8 de setembro de 2012

"VERSOS DE NÃO SEI QUÊ" - Antologia poética



Quatro poemas meus estão publicados nesta antologia.



 Duas boas notícias:

1. Versos De Não Sei Quê - Antologia poética vai ser publicada na Colômbia.

2. Versos De Não Sei Quê - Antologia poética foi integrada nas listas do Plano Nacional de Leitura      (PNL) - 4.º ano. Muitas meninas e meninos - espero! - vão deixar-se  embalar ao ritmo d' O voo da gaivota; ver que Até a formiga! tem "vontades" que dão que pensar; vão guardar segredos n' A minha gaveta e escrever uma história cor-de-rosa depois de lerem o Poema às cores.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Preparação para a PROVA FINAL de LÍNGUA PORTUGUESA 6.º ano - 2012

A prova está à porta, e este ano com responsabilidade acrescida. Este livro, já com as alterações decorrentes das normas oficiais, é o meu contributo para que, neste tempo de mudança, a prova possa ser preparada tranquilamente pelos alunos e, assim, possa ser feita num clima de maior segurança.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Os meus textos em livro escolar

Dois dos meus poemas incluídos no livro Rimar e Cantarolar (Ed. Tinta Por Uma Linha)  foram incluídos num livro escolar para estudo da poesia.
Aqui ficam as imagens.













Com as "Histórias Assim e a Sério", na EB 2/3 Fernando Caldeira

No passado dia 12 de Abril, passei um ótimo dia com professores e alunos do 6.ºano da EB 2/3 Fernando Caldeira, assistindo e participando nas atividades que tinham preparado a partir do meu livro Histórias Assim e a Sério

Brevemente desenvolverei este post e incluirei as fotos.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

domingo, 22 de abril de 2012

Centro Escolar de Arcos - a rimar e a cantarolar

No passado dia 19 de Abril, passei a manhã e a tarde na companhia dos alunos da pré e do 1.º ciclo de CEA.

sábado, 14 de abril de 2012

Centenário de Robert Doisneau

A propósito do centenário do fotógrafo francês Robert Doisneau, algumas fotografias...

... e não foi assim há tanto tempo!

segunda-feira, 2 de abril de 2012

As árvores e os livros

 
imagem de Kudryashka 
                     (através do blog Poesia Infantil i Juvenil)


As árvores e os livros

As árvores como os livros têm folhas
e margens lisas ou recortadas,
e capas (isto é copas) e capítulos
de flores e letras de oiro nas lombadas.

E são histórias de reis, histórias de fadas,
 as mais fantásticas aventuras,
que se podem ler nas suas páginas
no pecíolo, no limbo, nas nervuras.

As florestas são imensas bibliotecas,
e até há florestas especializadas,
com faias, bétulas e um letreiro
a dizer: «Floresta das zonas temperadas».

É evidente que não podes plantar
no teu quarto, plátanos ou azinheiras.
Para começar a construir uma biblioteca,
basta um vaso e sardinheiras.

                                                          Jorge Sousa BRAGA

sábado, 31 de março de 2012

Dia Internacional do Livro Infantil

É este o cartaz para o Dia Internacional do Livro Infantil - 2 de abril de 2012 (dia do aniversário do escritor Hans Christian Andersen). A autora é a ilustradora Yara Kono. 



 Francisco Hinojosa foi o escritor mexicano convidado a escrever a mensagem comemorativa, subordinada ao mote "Era uma vez um conto que contava o mundo inteiro". O texto pode ser lido na página do IBBY ou aqui (RCBP).




A "Rimar" na EB2/3 Fernando Caldeira

No passado dia 22 de março foi dia de "Rimar" (em grande!) na EB2/3 Fernando Caldeira. As atividades foram variadas e muitíssimo criativas. Eis a panorâmica do espaço da BE, decorado com os trabalhos dos alunos (reprodução das ilustrações do livro  "Rimar e Cantarolar", em grandes dimensões).



Foram várias as leituras apresentadas, com e sem coreografia. O texto mais "apetecido" foi o "Indo eu", talvez porque  é mais fácil de recriar sem quebrar o ritmo e porque a música é mais conhecida (afinal não estamos longe de Viseu...)

De salientar a apresentação do texto "A vaca leiteira" em língua gestual. Além de ter sido uma interessante,  pode "abrir outras portas" para estas rimas divertidas.

Todas as ilustrações do livro foram recriadas pelos alunos, num trabalho de interdisciplinaridade. Vale a pena ver, na apresentação abaixo, como as ilustrações  "ganharam tamanho" nas mãos dos alunos! Tudo aconteceu graças ao trabalho de coordenação entre LP e EVT (clicar para passar os slides).

Também na disciplina de EVT foi criado um padrão a partir da leitura de três poemas. Foram transformados depois em dois enormes painéis que decoraram, de cima a baixo, dois pilares da sala da biblioteca. Ficou lindo! Vejam: 

(Clicar para passar os slides.)

Com a recriação da ilustração de "A saquinha das surpresas", nasceu também a música, numa composição original da professora Anabela Rajado. Este era o único poema do livro cuja música nos era desconhecida. Podem avaliar o resultado, ativando o botão do som na apresentação abaixo. Ouçam porque vale a pena!

Uma aluna do 5.ª A, Gabriela Oliveira, reproduziu a traço de caneta (em desenho à vista) todas as ilustrações do livro. Podem vê-las  na apresentação seguinte (clicar para passar os slides).desenhos_rimar_pps

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A turma do 5.º A prolongou a leitura com a elaboração de bonitos marcadores, oferecidos posteriormente aos professores responsáveis pela dinamização de todo o projeto.  

Dos trabalhos de recriação de texto, selecionámos o "Trevo de quatro folhas", dos alunos do 5.º C (clicar para passar os slides).

"O ladrão do gato" teve tratamento especial pelos alunos do 5.º B.

"A saia da Carolina" também conheceu vários "feitios", criados pela turma do 5.º  H.

 Os trabalhos aqui apresentados são, sobretudo, a prova do empenhamento e profissionalismo dos professores que se envolveram neste projeto. 

Foi mesmo bom ver o meu livro "tão bem tratado", não só do ponto de vista didático como estético. Foi mesmo um projeto em grande! E tenho a certeza de que os alunos ficaram motivados para Ler+

terça-feira, 27 de março de 2012

Dia Mundial da Poesia - 21 de Março

Com algum atraso, uma pequena reflexão...


   Poesia


poesia
é dizer a alma das coisas simples
de tão complexas, só o poeta é capaz de vê-las
só o poeta sabe dizê-las

quarta-feira, 21 de março de 2012

Bolonha 2012... a "Rimar"

Uma cerejinha minúscula  num imenso pomar de enormes cerejeiras.
Mas... COMO AS CEREJAS!



Sever do Vouga, continuando a "rimar , cantarolar e contar histórias"

21 de março, continuando por terras de Sever do Vouga. Desta vez na EB2, com turmas de 5.º e 6.º anos.

BREVEMENTE   IMAGENS e DESENVOLVIMENTO

"Rimar e Cantarolar" - Agrupamento de Escolas de Sever do Vouga

No passado dia 19, iniciei a minha participação nas atividades da Semana da Leitura do agrupamento de Escolas de Sever do Vouga.


BREVEMENTE   IMAGENS e DESENVOLVIMENTO

Na EB1 de Cambeia - Gafanha da Nazaré

No passado dia 16 de março, estive na EB1 de Cambeia, a convite da Dr.ª Paula Marco, Bibliotecária do Agrupamento de Escolas da Gafanha da Nazaré. Foram sessões animadas e participadas à volta de rimas, leituras e cantigas. Motivo: "Rimar e Cantarolar", um livro que convida a leitura(s) divertida(s); "Bichos faz-de-conta", outro livro cheio de bons pretextos para ler a brincar (e a sério, também!...)











"Rimar e Cantarolar" no III Encontro de Literatura Infanto-Juvenil, em Estarreja

 Integrada no programa  do 3.ª ENCONTRO de LITERATURA INFANTO-JUVENIL de ESTARREJA, na sequência do convite da Dr.ª Mónica Varum, bibliotecária da BM de Estarreja, dinamizei duas sessões para alunos dos JI e do 1.º ciclo nas instalações desta lindíssima biblioteca. Os livros escolhidos foram "Rimar e Cantarolar" e "Bichos faz-de-conta". E se cantarolar foi divertido para os alunos do JI, para os do 1.º ciclo o entusiasmo cresceu com os jogos de rimas a partir dos meus poemas. Ficámos cansados, mas felizes de tanto rimar, cantarolar, e "movimentar" com a leitura dramatizada da "Girafa", que mora no livro dos "Bichos"



 Agradeço o bom acolhimento e a simpatia dos técnicos responsáveis pela biblioteca. Valeu, mesmo!

terça-feira, 20 de março de 2012

"O Diabo do Alfusqueiro" lido e contado na EB2 de Aguada de Cima

Mais uma vez a convite da responsável pela BE do Agrupamento de Aguada de Cima, participei nas atividades da Semana da Leitura, com uma apresentação de "O Diabo do Alfusqueiro". A sessão foi aberta com a leitura da lenda por um grupo de quatro alunas do 7.º ano. Depois de uma breve explicação acerca da génese deste livro, e da resposta às questões dos alunos, a turma do 6.º ano que participou na apresentação do livro, em outubro de 2011, "deu espetáculo" mais uma vez. Sempre sob a orientação da Prof.ª Lisete e do Prof. Luís Amaral, foi apresentado o rap baseado na lenda, com o mesmo entusiasmo da "estreia", na Biblioteca Manuel Alegre. É pena que este trabalho da turma não tenha uma maior "claque" dos colegas da escola... Mas foi a motivação possível.

BREVEMENTE colocarei as imagens

Semana da Leitura - Vilarinho do Bairro

No seguimento do convite para a minha participação nas atividades da Semana da Leitura, no Agrupamento de Escolas de Anadia, estive no passado dia 9 de março na EB 2 de Vilarinho do Bairro. Os alunos conheciam os meus livros e não só rimaram e cantarolaram os vários poemas, mas também mostraram o seu agrado pela história do "Diabo do Alfusqueiro". A Dr.ª Ivone, responsável pela BE, foi incansável e dinamizou empenhadamente a participação de alunos e professoras nas sessões de leitura que orientei. Bem- hajam!

BREVEMENTE verão as imagens

Agrupamento de Escolas de Anadia

A convite da responsável pela BE do Agrupamento de Escolas de Anadia, Dr.ª Manuela Monteiro, estive na BE da EB 2, no passado dia 5 de Março.

Turmas do 5.º e 6.º anos estiveram comigo, distribuídas por três grupos de alunos, interessados no que escrevo e como escrevo. Além da habitual "entrevista" sobre a minha escrita e as minhas histórias, houve lugar para a leitura de "O Diabo do Alfusqueiro" e do "Botão Mágico", o conto das minhas "Histórias Assim e a Sério" que mais entusiasma, julgo que pela hipótese remota de o "tal botão" fazer, mesmo, desaparecer a professora.

Agradeço à professora responsável pela biblioteca da EB2, D.ª Ivone Saraiva, e à sua colaboradora, Dr.ª Elvira, todo o empenho e dedicação com que prepararam a minha visita. Também às professoras de LP das turmas intervenientes, pela preparação das sessões.


segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

"Rimar e Cantarolar" - sugestões para atividades de leitura e de escrita

No passado dia 12 de janeiro, dinamizei uma sessão de trabalho com um grupo de professoras dos Departamentos de Línguas e de História e Ciências Sociais, da Escola Fernando Caldeira, durante a qual foram apresentadas algumas sugestões para atividades em sala de aula, a partir da leitura do meu livro Rimar e Cantarolar. Foi uma sessão muito participada, que teve como ponto alto a leitura de um dos poemas do livro em linguagem gestual, feita por uma das professoras presentes. Foi motivo de reflexão acerca da aplicação deste tipo de linguagem às atividades aqui propostas. 
Para saber mais, podem seguir-me por aqui.