quinta-feira, 31 de março de 2011

"Rimar e Cantarolar" na FNAC

(imagem do blog da Trinta Por Uma LInha)

No próximo sábado, 2 de Abril, pelas 16:00h, o meu livro "Rimar e Cantarolar" vai ser apresentado na FNAC  do GaiaShopping, integrando-se, assim, no programa de celebração do Dia Internacional do Livro Infantil. 

APAREÇAM!

Por agora, sigam-me por aqui e por aqui.

"Uma moeda por um pirilampo" na hora do conto da Biblioteca Manuel Alegre

O cenário foi recriado. Bem parecido com a ilustração de Sónia Borges. 












Estava prontinho o ambiente que convidava à leitura de "Uma moeda por um pirilampo", o conto de abertura das "Histórias Assim e a Sério". As turmas de 5.º ano da EB 2/3 Fernando Caldeira participaram, interessadas e um pouco intrigadas com o destino do pirilampo. Por isso, o diálogo aconteceu, interessado e interessante, fazendo esquecer o tempo, que era limitado. 
Apesar disso, houve ainda tempo para apresentar muito rapidamente o "Rimar e Cantarolar", que os alunos sabiam andar já por aí a circular. Foi a Carolina mais o seu lagarto que deram mote à conversa, seguida da leitura do poema. Ficou o apetite para próximos encontros com a leitura (...dos meus livros).

terça-feira, 29 de março de 2011

"Histórias Assim e a Sério" na EB 2/3 de Valongo do Vouga

Nas manhãs de 28 e 29 de Março, a EB 2/3 de Valongo do Vouga organizou para as turmas de segundo ciclo várias sessões de leitura a partir da divulgação das "Histórias Assim e a Sério". O conto seleccionado para trabalho em aula (apenas algumas turmas) foi o "Rato da Consciência". Houve perguntas muito interessantes e pertinentes, geralmente relacionadas com o misterioso pássaro verde de um-verde-que-não-há, que habita este conto e lhe dá sentido. Os "bons leitores" destacaram-se, é certo, mas muitos dos outros, os que ainda não conhecem o paraíso para onde voa o pássaro verde, também acompanharam o diálogo de forma inteligente.
Foram lidos outros contos e julgo que consegui "abrir o apetite" para a leitura dos restantes.




Tertúlia sobre LEITURA

Na noite de 24 de Março, a EB 2/3 de Fermentelos abriu portas para acolher uma tertúlia sobre Leitura. "Como ajudar os seus filhos a fazerem-se leitores" era o tema. Estiveram presentes, além de um grupo de alunos, professores e técnicos auxiliares,  vários elementos da comunidade, alguns deles também dados à escrita.
À maneira de introdução, foram recitados poemas por elementos da comunidade. Tudo com muita ordem, muito entusiasmo, seguindo o plano do texto-guia lido pela professora bibliotecária, Dr.ª Helena Aleluia. Seguiram, por ordem, as intervenções da Dr.ª Isabel Nina, coordenadora distrital da RBE e a minha. Ambas focaram  trajectos e processos, que ficaram como sugestão para ajudar os jovens (e também os pais) na difícil tarefa de abrir caminhos de leitura.
O diálogo veio depois: animado e diversificado, com muita experiência pessoal à mistura.
A noite ia avançada quando o chá e os bolos ajudaram a pôr fim à conversa, apontando o regresso a casa, tardio, mas compensador. 
Ficamos à espera da próxima.



"Histórias Assim e a Sério" na EB 2/3 de Fermentelos

Na manhã do passado dia 24, as "Histórias" estiveram em Fermentelos. Foram duas sessões de leitura com turmas do segundo ciclo e as histórias favoritas foram "A cabra" e "Se queres sentir o gato, calça-lhe uns sapatos". O diálogo avançou após a leitura, tendo-se chegado à conclusão de que os presentes eram conhecedores de episódios que bem poderiam motivar outras tantas histórias com aqueles animais no papel principal. Ficou, por isso, o desafio da escrita. Aguardo os trabalhos dos candidatos a "escritores".







"Bichos faz-de-conta" no JI da Venda Nova

No passado dia 23 de Março, houve tempo de leitura no JI de Venda Nova, Rio Tinto. Dois grupos de meninos e meninas partilharam os poemas de "Bichos faz-de-conta". Fizemos leituras dramatizadas, "dissemos" os poemas mais simples, enfim... divertimo-nos por conta do livro.

Deixo-vos a foto de uma "brincadeira" que fizemos com o poema "O menino".


sábado, 19 de março de 2011

Os meus livros, no Colégio Frei Gil, em Bustos

Foi uma tarde bem divertida, cheia de leituras e cantigas
Os alunos do 1.º ciclo do Colégio Frei Gil, reunidos no auditório, participaram com entusiasmo  nas actividades saídas da "caixinha de surpresas", que são os meus dois livros de rimas: Bichos faz-de-conta e Rimar e Cantarolar. Este, além de "voz" tem "música": fartámo-nos, pois, de cantar. E também brincámos, fizemos "ginástica" e fizemos-de-conta, imitando um tal "bichinho" e mais os seus amigos que moram no livro dos Bichos.

No final, uma aluna leu um pequeno texto, também rimado, escrito para mim. Muito bonito!

É claro que nada disto acontece sem o trabalho das professoras que estão a ajudar estes meninos a crescer na leitura. Delas é o mérito, o profissionalismo e o empenho. Para elas, o meu agradecimento pelo convite e pelo acolhimento.

Aqui fica um pequeno apontamento fotográfico, sempre uma pálida imagem do que realmente aconteceu. Falta-lhe a voz, a vivacidade, a alegria dos intervenientes...




quarta-feira, 16 de março de 2011

"Rimar e Cantarolar" - apresentação em festa

A sala de eventos da Biblioteca Municipal Manuel Alegre foi pequena para os receber a todos: amigos, familiares, (ex)alunos e, desta vez, muitas crianças. Todos muito curiosos para saberem o que dizia (ou o que cantava...) o meu livro.





"Rimar e Cantarolar" ganhou vida  pela voz da turma de alunos do ensino articulado do Conservatório de Música de Águeda, e pela arte e trabalho dos  professores Joaquim Vidal,  Miguel Rodrigues e Marta Pinto.  E foi uma festa!


As intervenções pelos-e-para-os-adultos foram alternadas com a actuação do grupo  coral e instrumental, que foi cant(arol)ando uma boa parte das rimas do livro. E, é claro, encerraram a sessão depois de "bisarem" a última canção.


Além da presença e das palavras amigas do Sr. Presidente da Câmara, que presidiu à sessão, contei com a amizade e com o saber de João Manuel Ribeiro, que fez a apresentação do meu trabalho. Podem ler a sua opinião aqui.

Deixo-vos com a explicação da génese do livro, cuja leitura pôs fim às intervenções.

Para dar conta do processo criativo que presidiu a este livro, convido-vos para uma dupla viagem: um primeiro circuito, na verdadeira acepção da palavra, através do tempo: do presente ao passado, com inversão de sentido, para voltar, de novo, ao presente; a este sobrepõe-se um segundo percurso, que seguirá do último poema ao primeiro, com regresso inevitável ao ponto de partida.

Às vezes sabe bem ler um livro começando pelo fim. É este o caso.

Vamos, então, partir do último poema, que começa assim:

A saquinha das surpresas
ninguém sabe o que ela tem;
tão quietinha , tão calada,
vamos ver o que lá vem:

Esta é uma quadra que mora no tempo, sem tempo, fazendo parte do imaginário colectivo que nos preenche a infância.
Mas, como de literatura se trata, e à luz de uma abordagem metafórica que lhe actualize o sentido, a minha leitura pessoal, transfigurou esta saquinha numa bolsa de memórias. A minha saquinha de memórias. E a quadra inicial transformou-se num poema que vem a terminar assim:

Tudo isto e mais um tanto
traz a saquinha lá dentro,
tão quietinha, tão calada:
são as sobras do recreio,
é brincadeira arrumada.

De facto, o que é a memória senão um saquinho de surpresas que, consciente ou inconscientemente, vamos enchendo com retalhos significativos do filme que é, afinal, o nosso percurso de vida? Dentro dela coexiste tudo o que, de bom ou de mau, vivemos e construímos. E as brincadeiras, também. Uma saquinha “ tão quietinha, tão calada”, que duplamente nos surpreende: ou pelo momento em que se abre, ou pelo que deixa escapar, independentemente do nosso querer. Uma saquinha onde tudo se arruma numa desordem tão organizada que, no momento exacto, há sempre qualquer coisa pronta a esgueirar-se, ao mínimo sinal de abertura. Qualquer coisa que nunca é uma coisa qualquer. É sempre algo ajustado a um tempo, a um lugar, a uma circunstância.

E porquê tudo isto, para mostrar como nasceram estes poemas? Porque foi exactamente assim que aconteceu: um dia, a saquinha da memória abriu de surpresa e deixou fugir a Carolina mais a sua cantiga. Viajamos então para o primeiro poema do livro: “A saia da Carolina”. E com ela o lagarto… já cansado de rabear! Digam lá se não cantaram esta cantiga… Apanha-se, então, o comboio da infância e toca a brincar. Com palavras, claro! Foi assim que nasceu o primeiro poema.

Ora, se as palavras são cerejas, as cantigas cerejas são. Agarram-se, prendem-se, impõem-se: atrás da “Saia da Carolina” veio “O Ladrão do gato”, e logo atrás “O relógio”. Com estas últimas vieram vozes, e com as vozes a saquinha traiçoeira trouxe-me memórias mais complexas.

Faço um pequeno parênteses para relembrar uma experiência comum: quando o tempo nos vai apagando a imagem das pessoas que habitam a nossa saudade, a primeira coisa a desaparecer é a voz. Ora estas duas cantigas devolveram-me a voz das pessoas que mas cantavam. Consigo ouvi-las. Apenas cantando, as falas a minha memória já não regista. “O ladrão do gato” foi a primeira cantiga que me lembro de ter cantado. Ensinou-ma o meu pai. Consigo ouvi-lo e ouvir-me, ao ritmo da cantiga, pulando nos seus joelhos. “O relógio”, e também o “Papagaio”, cantei muitas vezes com a minha avó. A letra d’ “O relógio” sempre me fascinou:

Mandei fazer um relógio
das pernas de um caranguejo,
para contar os minutos
das horas em que te não vejo.

Um relógio feito de patas de caranguejo que, aliás, eu gostava de comer, era uma coisa verdadeiramente fascinante para a minha mente de criança. Talvez tenha sido por isso que a cantiga ficou tão bem guardada, bem lá no fundo da saquinha das surpresas. Nunca percebi por que tanto cantava a avó esta cantiga. Hoje, julgo que, inconscientemente, também ela gostaria que o relógio fosse, mesmo, feito de um caranguejo. Para contar o tempo ao contrário. Poderia, assim, devolver-lhe os momentos felizes que a vida lhe roubou no tempo cruel, contado pelos relógios comuns.

O meu pai e a minha avó eram, de facto, as duas pessoas da casa que, apesar das muitas amarguras, tinham cantigas na voz.

A saquinha da memória, porém, traiu-me, sem perdão: devolveu-me apenas a primeira quadra de cada uma das cantigas. Por mais que remexesse nas tais “brincadeiras arrumadas”, não consegui arrancar-lhe o resto dos textos. Decidi, então, reconstrui-las, à minha maneira.

Vieram depois as outras (os tais raminhos de cerejas que são as palavras…): “A vaca leiteira” que, na minha versão, era muito depreciada, mas, como nas versões mais comuns, inclusivamente na versão galega, é tão elogiada, resolvi manter o estatuto de prestígio da vaca; “Indo eu a caminho de Viseu” – que aproveitei para um passeio ao sabor da intertextualidade, para visitar uma série de histórias ditas infantis; “O trevo”, com a temática tão portuguesa da sorte, eternamente esperada, num inconsciente abandono da certeza das três folhas do trevo, para nos aplicarmos numa busca cega das quatro folhas incertas que encontraremos, ou não. E geralmente, não.

Se, na minha óptica infantil, a minha preferência pende para o “O ladrão do gato”, já numa leitura adulta é o poema da “Rosinha” aquele com o qual mais me identifico. Este poema, na sua versão tradicional, deixa passar de uma forma
sub-reptícia e maliciosa uma certa visão das relações de trabalho e amor: é um convite para ir trabalhar, envolto, maliciosamente, numa declaração de amor.

Ó Rosinha, ó Rosinha do meio,
vem comigo à eira malhar o centeio!

Uma das versões continua assim:

                         Ó Rosinha toma a teu cuidado
                         O centeio quer ser bem malhado.


                         Ó Rosinha varre bem a eira
                         Que o centeio não quer poeira.

O estribilho repete várias vezes, em ritmo certo:

Ó Rosinha, ó Rosinha do meio,
vem comigo à eira malhar o centeio!
O centeio, o centeio, a cevada,
Ó Rosinha, minha namorada!

E normalmente a Rosinha vai. Vai à primeira e às que se lhe seguem. E a partir daí vincula-se a um perfil. Como hoje é hábito dizer-se: tem perfil para... E ai das mulheres (e dos homens também) que têm perfil… Mais lhes valera terem tirado o primeiro retrato de frente! Foi o que não aconteceu à minha Rosinha, por isso o poema termina assim:

Ó Rosinha, ó Rosinha do meio,
mais valia teres dito que não!
Aceitaste o convite uma vez,
vão chamar-te mais duas ou três.

E o que é verdadeiramente espantoso no poema tradicional é que o convite para toda uma interminável “trabalheira” vem de um namorado. Que faria se o não fosse…

Tudo o que disse comprova que o poema “Rosinha” é aquele que proporciona um nível de leitura mais adulto.

Regressemos, então, ao último poema, o nosso ponto de partida: “A saquinha das surpresas”. É minha pretensão que ele espalhe uma mensagem:

- Para os que não são meninos, mas que já o foram, que ele seja um agradável pretexto para remexer a tal saquinha – e que ela lhes devolva muitas e insuspeitadas surpresas.

- A saquinha dos que agora são meninos ainda está aberta e, decerto, muito vazia. Que este(s) poema(s) os ensine(m) a “arrumar” as brincadeiras, para que, um dia, possam ter o prazer de as desarrumar, num saudável regresso ao passado. E, sobretudo, para que não deixem cair a ponte que os vai levar da infância até onde forem capazes de chegar.


Por fim, e não menos importante, uma referência aos “poemas visuais” de Rute Reimão: também eles convidam à viagem, como sugerem as ilustrações das guardas: uma fuga leve e rebelde, em avião de papel. Com ele, irão os meus poemas correr mundos e tempos, pela mão de quem o pilotar.

Estes "poemas visuais" entendo-os, também, como um casamento feliz entre o ontem e o agora. Os papéis, os tecidos, os botões, a caligrafia… tudo isto, também, saído da saquinha das surpresas que serão as muitas gavetas, que certamente compõem o paraíso de memórias que será o ateliê da Rute. Tudo recriado para nos ser devolvido pela modernidade do traço.
Agradeço à Rute a materialização dos meus poemas, numa recriação visual cheia de frescura e poesia, que, na sua complexa simplicidade funcionam como motivo para novos sentidos, num consistente diálogo com o texto, que o leitor irá certamente descobrir. Tudo sabiamente envolvido pelas tonalidades brandas das coisas afagadas pelo tempo.

"Histórias Assim e a Sério" na EB Soares dos Reis

Manhã de 14 de Março.
Foi uma alegre e produtiva conversa com alunos da EB Soares dos Reis, no coração de Gaia. Motivo de arranque: as "Histórias Assim e a Sério". Foram perguntas sérias, sentidas,  que demonstraram uma leitura reflectida da obra. Tive imenso prazer em responder a todas elas.

Conhecer Sónia Borges, a ilustradora das minhas histórias, proporcionou-me um prazer redobrado. Ela já sabe porquê e os meus leitores adivinham... 

Fantástico foi, ainda, conhecer colegas cujo nome me acompanhou durante a minha carreira de ensino público, através dos seus livros. Não sentimos de modo algum a concorrência... muito pelo contrário!

Tudo foi possível graças à congregação de esforços (ou, sobretudo, prazeres e vontades, eu acho...) das professoras de LP e da  BE da Soares dos Reis, e da Livraria Velhotes (belíssima!), que organizou a feira do livro.

Para verem as fotografias, venham comigo por aqui.


Espero poder voltar. Bem-hajam!

quarta-feira, 9 de março de 2011

Rimar e Cantarolar

Aí está, finalmente!

Leiam, afinem a voz e... toca a cant(arol)ar.

segunda-feira, 7 de março de 2011

"Histórias Assim e a Sério" na EB 2/3 de Búzio




Na sexta-feira, 4 de Março, passei a manhã em Vale de Cambra, na EB 2/3 de Búzio e na EB1 de Ramilos. Comigo estiveram alunos e professores para dialogarmos sobre as histórias do meu livro, que estavam muito bem lidas, a avaliar pelas intervenções dos alunos das várias turmas.
Fiquei verdadeiramente impressionada (e encantada!) com a recriação da gata Milu, heroína do conto "Se queres sentir o gato, calça-lhe uns sapatos". Uma verdadeira obra de arte!

Verdadeiramente imperdível foi a dramatização do conto "A Cabra". Adorei a janela do quarto de costura...
Os actores estiveram irrepreensíveis. Sem uma falha! A encenação, que implicava a participação de toda a turma, era criativa  e cheia de ritmo. 

Os pequeninos dos jardins de Infância estiveram muito atentos à dramatização, o que significa que também gostaram do que viram.

Tudo acabou com uma belíssima largada de balões (tirando partido da localização privilegiada da escola), que levaram longe (espera-se...) as mensagens escritas pelos alunos sobre definições e importância da leitura. Um momento de "beleza pedagógica"!

Na escola de Ramilos o diálogo foi vivo e as histórias foram bem "conversadas".

Resta deixar os parabéns aos professores  que tão bem conduziram a leitura do meu livro e aos alunos que tão bem souberam corresponder.

As fotografias dão uma pequena ideia do que, de facto, se passou.


sábado, 5 de março de 2011

É já no sábado, dia 12!

Vem a caminho e está mesmo, mesmo a chegar:
 
Rimar e Cantarolar


Desta vez, além da apresentação para adultos, um grupo coral e instrumental do Conservatório de Música de Águeda dará voz a alguns dos poemas. Isto, a pensar nos mais pequenos. Mas... suspeito que os adultos vão, de certeza,  "mexer nas gavetas da memória" e desatar a canta(ro)lar (podem começar já a afinar a voz).