Livros com chá

No passado dia 17 de Dezembro, dinamizei na BE da Escola Fernando Caldeira um convívio literário. A tarde invernosa e fria foi aquecida pelo calor do entusiamo que os livros sempre acendem e terminou com um chá bem quente, para fim de conversa.
Aqui ficam os testemunhos.

Esta apresentação iniciou o diálogo sobre literatura e outras manifestações artísticas. A tela de Marie Bracquemond,intitulada Le goûter, alimentou a conversa sobre o prazer e a "degustação" da leitura, abrindo caminho para um pequeno debate sobre O decálogo do leitor, de Alberto Mussa.

cha_livros

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Aqui podem ver as fotografias dos livros com chá:

Bilhete-postal

Pai Natal,
venho dizer-te
que já pus o sapatinho.
Fico à espera que me tragas
pelo menos um livrinho.
Quero ainda acrescentar
que qualquer tema me serve
- sou um leitor esclarecido,
mas um bom livro de histórias
será sempre o meu preferido.
Se for esse o meu presente,
prometo, não vou faltar:
a mais bonita de todas
vou escrevê-la na Lua
para, assim, a partilhar
com os meninos que perderam
o direito de sonhar.

Envio-te este recado
no bico de um passarinho,
que leva também saudades
deste teu muito
                        Amiguinho.


Na volta do correio


Caro amiguinho leitor,

recebi o teu pedido,
que me deixou encantado;
terás no teu sapatinho
o livrinho desejado.
Das histórias conhecidas,
a mais bonita escolhi;
já a tenho no trenó
guardadinha para ti.
Fala de um menino lindo,
vindo à Terra numa estrela
que ainda hoje ilumina
quem de perto quiser vê-la.
E se tu a souberes ler,
como acho que és capaz,
a estrela do menino…
nos teus olhos a terás.
Quanto a escrevê-la na Lua,
acho bonita a ideia;
o luar mostrá-la-á
nas noites de Lua cheia.
E para te ajudar
a cumprir o que desejas,
prometo e não vou faltar:
espalharei mais de mil cópias
levadas pelo vento norte
do Japão à Patagónia
em aviões de papel
mais rápidos que o meu trenó.
Levá-la-ão, podes crer,
a todo e qualquer cantinho
onde haja um menino só,
com vontade de chorar,
para ajudá-lo a sorrir,
a crescer e a sonhar.
Regressarei à Lapónia
feliz como nunca estive.
Saberei notícias tuas
pela leitura do jornal.


Despeço-me até ao ano.
Teu amigo,
                         Pai Natal
         Maria da Conceição Sousa Vicente

                                   Dezembro / 2008

Já disponível, para mais uma prova!

Já está nas livrarias o meu livro

Preparação para a Prova de Aferição 2010
Língua Portuguesa 6.º

Podem conhecê-lo clicando aqui.

Espero que seja um bom auxiliar de trabalho e conduza a óptimos resultados. Mas, acima de tudo, gostaria que fosse um "simpático companheiro" na longa caminhada para um bom desempenho em LP.

Oficina de escrita com o 5.º E

Nos dias 3 e 17 de Dezembro, dinamizei uma oficina de escrita na BE Fernando Caldeira para a turma do 5.º E.

Desta vez, o ponto de partida foi um conto de Natal.
A turma foi dividida em dois grupos, por questões de funcionalidade. Embora todos os alunos tivessem participado muito activamente, não posso deixar de salientar o empenho e a maneira de estar do primeiro grupo (3 de Dezembro).

Aqui fica o testemunho do trabalho das duas sessões.

A Árvore das Boas Palavras

Esta é a árvore de Natal da BE Fernando Caldeira - simples, sóbria, despida de vulgaridades e do cansaço de estafados artefacos . Deverá ser decorada com as boas palavras pensadas e escritas por cada turma. Confiamos na originalidade dos enfeites verbais. Esperamos que nos surpreendam pela originalidade. Só assim serão dignos desta árvore.

Quem mora dentro dos livros?

A descoberta do mundo mágico que se esconde nas páginas dos livros. Para ver, antes... ou depois de ler:

A Menina Que Detestava Livros ,de Leanne Franson, Manjusha Pawagi, Ed. Terramar

A leitura inspira as crianças

Inspira, mesmo...

Basta a imagem

Imagem de Javier Jaén

A narrativa - estrutura, coesão, ponto de vista da personagem; leitura

A turma do 5.º G envolveu-se, com todo o empenho, num trabalho que teve como ponto de partida um "velho", mas significativo, anúncio. A partir deste texto publicitário foi possível "trabalhar" uma série de conteúdos relacionados com a coesão textual e com as categorias e estrutura narrativas.  A actividade foi orientada de uma forma lúdica (não confundir com "infantilização facilitista" ), tirando partido do conteúdo da história, da manipulação/materialização  das sequências narrativas, de algumas passagens mais descontraídas dos textos, da identificação do leitor - de imagem e de texto - com o protagonista da história.

Um concurso de leitura das histórias reconstituídas pôs fim a esta manhã de trabalho.

Como se pode ver pelas imagens, todos os alunos se entregaram às tarefas "de alma e coração". Penso que saíram felizes e a pensar em limpar os pés antes de entrarem em casa depois de uma actividade mais radical em terreno lamacento. Julgo que as mães também agradecem...

Passinho a passinho se faz o caminho

J'ai des bottes
de belles bottes...

Eis uma belas botas para dar os primeiros passos na longa estrada do bom gosto pela poesia.
"O poeta faz-se aos dez anos" - é um livro de Maria Alberta Menéres que norteou a prática de todos os professores de LP que acreditaram que a poesia "se trabalha" desde cedo para se crescer no amor pela língua e pela literatura. Este filme mostra que o gosto pela poesia se pode (e deve...) começar a construir desde muito mais cedo. O novo programa de LP recupera, nos primeiros ciclos de escolaridade, a prática há muito abandonada da memorização de poemas. Este pequeno filme de "grandes declamadores" pode ser um motivo para a reflexão sobre o lugar da poesia na escola.

Oficina de escrita com o 5.º C

Também a turma do 5.º C escreveu sobre o espantalho "preso" na Biblioteca.
Foram duas sessões de trabalho em que os pequenos escritores se entregaram à difícil tarefa de dar corpo aos sentimentos do espantalho, eternamente preso nos enleios da trepadeira.

Não posso deixar de salientar a participação do segundo grupo, cujo empenho foi manifesto, o que veio a reflectir-se no "produto final".

A turma está de parabéns pela maneira como todos trabalharam e pelos textos que apresentaram.Espero por vós em futuras actividades!

Jennifer Khoshbin

Quando as personagens se soltam das histórias...

.... ou quando nós entramos nas histórias.

(imagens de Jennifer Khoshbin)

O Principezinho

É o presente que todos nós merecemos neste Natal: 

Podem espreitá-lo, clicando aqui. Será muito mais agradável lê-lo e manuseá-lo (mais uma vez...) do que colá-lo à pele.

José Saramago para crianças

Vale a pena ver

"A flor máis grande do mundo" -  adaptação ao cinema de animação da única obra que Saramago escreveu para crianças. Versão em galego, assinada por Juan Pablo Etcheverry e narrada pelo próprio Saramago.



As palavras de José Sramago sobre esta história podem ser lidas clicando aqui.

As marcas dos livros

Há livros que se nos agarram à pele uma vida inteira. Outros deixam-se escorregar no silêncio.

O texto é de António Mota

(in "Os livros da minha infância", www.casadaleitura.org)

As imagens, em http://www.contrariwise.org/

Actividades na BE da EB 2/3 Fernando Caldeira

O espantalho Guedelhas "mora" num belo canteiro à entrada da BE da Escola Fernando Caldeira. Ficou lá depois de uma exposição de trabalhos dos alunos, aprisionado por uma trepadeira.  É tratado com muito carinho e está sob vigilância constante para que a trepadeira não venha a estrangulá-lo definitivamante. Os alunos do 6.º B, entretanto, já lhe atribuíram um papel importantíssimo: espantar da biblioteca os alunos barulhentos. E ele assumiu dignamente a sua função. Eu sou disso testemunha.

Pois foi "em casa" deste espantalho que iniciei as actividades com alunos sobre a sua história. Assim, nos dias 21 e 30 de Outubro, o 6º B participou activamente em duas sessões de uma oficina de escrita cujo tema foi a vida diferente do nosso herói, privado de liberdade. No final, depois de apresentados os trabalhos dos diversos grupos, li "A história do espantalho Guedelhas", um conto de minha autoria.

Aqui fica o produto de duas sessões de intenso trabalho, materializado nos textos do 6.º B. 

Olá, cá estou eu!

Que sou um espantalho, já todos sabem. Isso é o que sou. Agora quem sou e como vim aqui parar, estou convencido de que todos ignoram. Vão ficar a saber depois de vos contar a minha história. Deixem, então, que me apresente:

Por ter cabelo ruivo feito de lã despenteada, entre o laranja e o amarelo, é que me chamo Guedelhas. Não acho muita graça ao meu  fato às três pancadas, com a perna esquerda das calças mais levantada que a direita. Confesso que não acho mesmo graça nenhuma. (...)

É assim que eu sou… Foi assim que me criou o autor da história onde eu vivi feliz durante vários anos. Ainda lhe pedi que me pusesse uma lágrima como a do Pierrot, mas ele recusou:

– Vais ser um espantalho feliz, por isso nada de choraminguices!

Maria da Conceição Sousa Vicente

Querem saber o resto da história? Posso ir contá-la à vossa escola. Basta contactarem-me.

Armadilhas na vida de um espantalho...

Um espantalho... preso?! O que terá acontecido?
Em breve vou contar-vos a sua história. Estejam atentos.

EB1 D. Manuel I - MAIA

Para participar na celebração do Dia Mundial do Livro, acedi ao convite da bibliotecária da BE/CRE Alice Vieira, Prof.ª Carla Barreto. Foi um dia bastante marcante na minha recém-iniciada actividade de itinerância, para levar a leitura/literatura até aos leitores mais pequenos (só em tamanho, note-se!...). Pelo acolhimento, pela simpatia, pela qualidade da organização dos trabalhos, pelo incentivo... VALEU MESMO! De regresso, já trazia saudades!

Aqui fica um pequeno testemunho, em jeito de homenagem ao trabalho dos professores desta escola e a todos os professores da Maia que tiveram a amabilidade de trabalhar com o meu livro em sala de aula.

Uma palavra de apreço e simpatia também aos colegas directores da escola, pelo trabalho pedagógico que desenvolvem e que se VÊ logo que se entra no edifício.

O meu bem-haja à Câmara Municipal da Maia, pelas amáveis palavras acerca do meu trabalho que inseriu no seu Portal da Educação, e em particular à Sr.ª Vereadora da Cultura, que teve a amabilidade de estar presente no almoço privado com os colegas da direcção da escola e com a Prof.ª Carla Barreto.



Um agradecimento muito especial à turma do 2.º C, que escreveu este texto tão simpático.

Trabalhos realizados pelos alunos da EB1 D. Manuel I

Após a leitura em sala de aula, os alunos dos vários anos de escolaridade realizaram trabalhos com múltiplas finalidades, que expuseram na BE/CRE Alice Vieira.
Achei os trabalhos verdadeiramente surpreendentes, sobretudo pelas múltiplas "Leituras" que os pequenos leitores fizeram dos meus poemas.

PARABÉNS a TODOS!

A menina espantalho

A menina espantalho, um filme que gostaríamos de ver por cá.

Estreou em Brasíla, no Festival do Cinema do Brasil, e recebeu o 1.º prémio de curtas metragens em Tóquio.
Conta a história de Luzia, uma menina que mora com seus pais e o irmão Pedro no campo. Luzia é impedida de ir à escola pelo pai, homem rude e autoritário, que lhe dá a tarefa de espantar os predadores que não deixam crescero seu arrozal. Luzia não se deixa vencer pelo desgosto e consegue trocar as voltas à sorte, encontrando uma maneira de aprender a ler, no meio do arrozal.




Mais um bocadinho do que está disponível....

Na Biblioteca da E.B. 2/3 Fernando Caldeira

Durante uma semana do mês de Maio, dinamizei algumas sessões de leitura nesta BE para alunos do 1.º e 2.º ciclos.
As actividades propostas foram suficientemente motivadoras para proporcionarem óptimos momentos de agradável e divertida interacção com o texto.
Mais uma vez se verificou que é possível a abordagem dos poemas dos "Bichos" com alunos de diferentes níveis etários, sem diminuir o grau de motivação.
De salientar a colaboração do grupo de leitores do 6.º B, que assumiu o seu papel na perfeição.

The last knit

O tricô é uma metáfora recorrente. Eu própria já a escolhi em alguns casos para sugerir ou favorecer um entendimento mais intenso de certos aspectos da vida.

A partir deste pequeno filme que cada leitor/espectador construa as suas histórias. Se quiserem enviem-mas. Adorava poder lê-las.

Bichos faz-de-conta - leitura interactiva

A convite do departamento de Línguas, dinamizei, em Sever do Vouga, algumas sessões de leitura interactiva dos Bichos. A parte mais aliciante foi, sem dúvida, a resolução de puzzles-adivinha, particularmente os realizados em suporte informático.

NA ESCOLA MARQUES de CASTILHO

Centro de Arte Moderna - Fundação Gulbenkian

Os Bichos marcaram presença na Fundação Gulbenkian, incluídos na agenda das acitividades para os mais novos.

O meu bem-haja à Margarida Botelho, a quem coube parte da ilustração do livro (o outro ilustrador é André da Loba) e à Dora Batalim que incluíram o livro na programação da Oficina de Contos das Ideias Irrequietas e que,como ninguém, sabem passar à pequenada os prazeres da palavra e da imagem.

Casa da Leitura

Bichos faz-de-conta, livro aconselhado pela Casa da Leitura. Eis o texto de apresentação, da autoria de Ana Margarida Ramos:

Colectânea de onze composições poéticas destinadas ao público infantil, Bichos de faz-de-conta agrupa poemas onde a temática animal é alvo de uma recriação onde se combina o jogo linguístico, o humor e a tradição. Claramente de gosto infantil, pelo jogo sonoro, vocabular e rítmico, os poemas brincam ainda com o grafismo e o design, recorrendo a procedimentos próprios da poesia concreta e visual. A temática animal, as referências intertextuais – a Camões mas também à memória da tradição oral – a adopção, em vários textos, de uma estrutura narrativa são outras das características de uma publicação que conta ainda com ilustrações que exploram a tridimensionalidade inerente à composição dos diferentes elementos. Muito original, a vertente pictórica redimensiona os textos, explorando algumas das suas sugestões e possibilitando leituras diferentes.

Uma pegada importante dos Bichos (finalmente!...) à solta.

"Bichos faz-de-conta"

Bichos faz-de-conta, editado pela Porto Editora, é minha primeira publicação na área da literatura infantil. O meu trabalho de edição mais assíduo tem-se verificado no âmbito dos livros escolares destinados à disciplina de Língua Portuguesa. A ficção dorme largos sonos na gaveta da minha secretária, à espera de oportunidade.

Metidos na toca dos dossiês durante vários anos, os Bichos saíram finalmente à luz em Fevereiro de 2008.

Trata-se de uma colectânea de poemas, fruto de criação pessoal, posteriormente utilizados em actividades realizadas com os meus alunos no âmbito da abordagem do texto poético ou como ponto de partida para a escrita criativa.

A partir do momento em que conseguiram "soltar-se", os Bichos têm viajado por vários pontos do centro do país, proporcionando leitura e diversão a muitos meninos e meninas (E a mim também!...). Estão à disposição para continuar a viagem...

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